A Educação Inclusiva é indispensável para qualquer instituição de ensino, pois permite que diferentes alunos interajam entre si e possam aprender à sua maneira, sem que precisem se enquadrar em um modelo específico e único de educação, promovido pela maioria das escolas que trabalham com o modelo de educação tradicional.
Claro, há aquelas escolas que oferecem um modelo de educação especial, e que apesar de ser efetivo para alunos portadores de necessidades especiais, segrega e não promove a integração desses alunos com os que frequentam aulas regulares.
O que é a Educação Inclusiva?
Com a Educação Inclusiva, não existe essa separação, tampouco há uma padronização. Os alunos que possuem necessidades especiais interagem com as outras crianças, mas aprendem à sua maneira, pois a forma do educador ensinar engloba suas necessidades e, como o nome sugere, é inclusiva.
E por necessidades especiais, podemos incluir deficiências motoras, cognitivas ou mesmo alunos superdotados.
Todos possuem direito à educação, sem exceção alguma. Com ou sem necessidades especiais, todos precisam aprender. É com base nisso que a Educação Inclusiva é pautada.
Ela é livre de preconceitos, reconhece diferenças e utiliza essas diferenças para fortalecer as características únicas de cada aluno.
Como funciona a Educação Inclusiva?
Diferentemente da educação tradicional, onde todo o ensino é apoiado no professor, a Educação Inclusiva depende de várias pessoas, incluindo a família.
Isso é muito importante, pois o processo de aprendizagem não se limita ao ambiente escolar. Pelo contrário, boa parte das descobertas realizadas ao longo da vida acontecem no ambiente familiar, ainda na infância. A compreensão desse ambiente, de regras básicas de convivência e o apoio familiar para aprender sempre mais são indispensáveis.
Todo esse conhecimento se reflete nas interações sociais que a criança terá fora de casa. Ou seja, na escola, o aluno tende a replicar o comportamento que possui em casa, e se adaptará, aos poucos, a esse novo ambiente, conforme aprende sobre a convivência com os colegas e seus direitos e deveres naquele local.
A importância da família e da integração entre lar e escola
O apoio familiar reforça essa aprendizagem escolar e fortalece o vínculo da criança com o corpo docente e com os colegas de classe. Para os alunos portadores de necessidades especiais, isso é ainda mais importante, pois estreita os laços e garante uma convivência inclusiva, de respeito e de colaboração.
Por isso, é preciso que haja uma ampla comunicação entre a escola e a família. Em certos casos de alunos especiais, pode haver um terceiro elemento: a equipe médica.
O acompanhamento médico, muitas vezes, é importante, seja voltado para necessidades físicas ou mentais. O aluno com necessidades especiais deve receber um tratamento adequado, e em determinadas situações somente a equipe médica será capaz de acompanhar o seu desenvolvimento da forma correta. Junto ao feedback dos pais e dos educadores, irá avaliar as condições de permanência da criança na escola em que estuda, sugerir melhorias e formas de desenvolver as capacidades dessa criança, a fim de superar quaisquer desafios que possam aparecer.
Essa opinião médica faz toda a diferença, pois é parte de um cuidado mais intensivo, que alcança a criança e oferece toda a atenção que ela necessita para aprender sem dificuldades ou obstáculos.
A Educação Inclusiva desenvolve o respeito, habilidades sociais, cognitivas e motoras
A escola inclusiva acolhe alunos de todos os tipos. As diferenças são respeitadas e as situações e aulas são planejadas para alcançar alunos em diversos níveis de aprendizado e compreensão, incentivando o respeito e a colaboração.
Muitas vezes, há um segundo professor em sala de aula e cada classe é formada por poucos alunos, pois, assim é possível atender a todos com o mesmo grau de atenção.
Cada trabalho realizado utiliza diferentes recursos e explora as mais diversas capacidades dos alunos, auxiliando no desenvolvimento de habilidades motoras e cognitivas.
Oferecemos aos alunos os recursos necessários para que eles possam aprender com o mínimo de dificuldade, mas com desafios suficientes para que possam se superar cada vez mais.
Todo o ambiente é pensado para promover conforto e receber os alunos, independentemente de sua origem ou quaisquer características, de forma que se sintam em casa e aprendam a entender e respeitar as diferenças.
Há espaço e tempo para brincadeiras educativas, salas pensadas nos mínimos detalhes para promover aulas dinâmicas e muito interativas, onde o aluno não simplesmente escuta o professor, mas participa de todo o processo e se sente como parte integral da própria aprendizagem.
Não é uma aprendizagem “passiva”, por assim dizer. A educação inclusiva não está apenas em conhecer, respeitar e utilizar as diferenças para o bem de todos, mas também em aproximar um universo de possibilidades ao aluno.
Porque aprender é maravilhoso, e quando todos aprendem juntos, é melhor ainda. Todos somos diferentes e essa especificidade agrega na sala de aula, enriquece as relações entre todos, que tem que se adaptar para conviver e entender como lidar e auxiliar o amigo que tem características únicas.
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Diretora da Escola Tots & Teens, pedagoga por profissão e educadora por opção. Psicopedagoga e gestora escolar aficionada pela educação bilíngue, atualmente busca ajuda na neurociência para desvendar os mistérios de como o cérebro aprende.
